O pensamento faz bem com Kate Crawford

Pensar faz bem com Kate Crawford
Pensar faz bem com Kate Crawford

A inteligência artificial não é uma técnica computacional objetiva, universal ou neutra, capaz de fazer determinações sem interferência de seres humanos. Seus sistemas estão inseridos em mundos sociais, políticos, culturais e econômicos, são moldados por pessoas, instituições e imperativos que determinam o que as IAs fazem e como o fazem. Elas são projetadas para discriminar, amplificar hierarquias e codificar classificações bastante limitadas. Quando aplicadas a contextos sociais como o policiamento, o sistema de justiça, a saúde pública e a educação, elas podem reproduzir, otimizar e amplificar desigualdades sociais existentes. Isso não acontece por acidente: os sistemas de IA são criados para ver e intervir no mundo de forma a beneficiar primariamente os Estados, as instituições e as corporações a serviço de quem estão. Nesse sentido, eles são expressões de poder que emergem de forças econômicas e políticas mais amplas, sendo criados para aumentar os lucros e centralizar o controle daqueles que os empreguem. Mas não é essa história da inteligência artificial que costuma ser contada.

Kate Crawford, em Atlas da IA: poder, política e os custos planetários da inteligência artificial, 2025, p. 247

Continuar lendo “O pensamento faz bem com Kate Crawford”

Desafios da educação no século XXI

Os avanços do capitalismo
Os avanços do capitalismo

A revista Perspectiva lançou o dossiê Tecnologias digitais e Educação: entre perturbações e desafios no início de dezembro de 2025. No dossiê há o artigo Os avanços do capitalismo (digital) no século XXI e a educação, de minha autoria e do professor Nelson Pretto. O artigo discute questões relacionadas à educação no contexto do início do século XXI, em que as relações sociotécnicas estão subordinadas a processos sustentados por códigos, dados e sensores. 

O texto é um convite para discutir um assunto de relevância para a época em que estamos vivendo, e o leitor poderá participar deste debate indo direto ao artigo e formulando as próprias reflexões.

Abaixo o resumo do artigo como um “aperitivo” para você, leitor, entrar na roda de conversa.

Resumo

Três   vertentes   epistêmico-metodológicas   de   construção   e   usos   de tecnologias (hardware e software) fundamentam as teorias e práticas sociais no início do século XXI. A primeira vertente se caracteriza pelo processo de  codificação  dos  diversos  objetos  técnicos  mediante  a  elaboração  de notações, via algoritmos, metadados, diagramas e modelos computacionais; a  segunda,  pela  rotulação  dos  entes,  e  dos  movimentos  destes  entes, animados    e    inanimados,    para    que    estes    sejam    mais    facilmente identificáveis;  a  terceira,  pela  produção  de  grandes  quantidades  de  dados sobre tudo o que acontece na Terra, transformando os referidos dados em insumos para produção de capital. A partir deste contexto, este trabalho se insere como atividade de cunho teórico, com base em fontes bibliográficas, de  construção  de  um  panorama  das  inter-relações  entre  educação  e sociedade,   quanto   aos   usos   sociais   das   tecnologias,   discutindo   as racionalidades técnicas sustentadas pelas ideias de construção de códigos, para  realizar  as  diversas  atividades  que  também  são  elaboradas  pelos humanos;   da   organização   de   memórias   artificiais,   dando   origem   à apropriação   de   enormes   quantidade   de   dados   por   grandes   empresas transnacionais;  da  catalogação  de  todos  os  entes  existentes  na  Terra, resultando em novas formas de sociabilidade e, em consequência, de novas formas  de  se  pensar  e  fazer  educação.  Os  resultados da  análise  teórica indicam  a  necessidade  de  realização  de  estudos  e  práticas  em  educação vinculados    ao    entendimento    dos    modos    de    existência    (ações    e significações)  produzidos  pela  racionalidade  técnica  que  afeta  a  forma como os humanos realizam sociabilidades no início do século XXI.

Até a próxima!

Navegue+

Continuar lendo “Desafios da educação no século XXI”

Pensar faz bem com Mario Livio

Pensar faz bem com Mario Livio
Pensar faz bem com Mario Livio

Navegue+

Continuar lendo “Pensar faz bem com Mario Livio”

Pensar faz bem com Carl Jung

Pensar faz bem com Carl Gustav Jung
Pensar faz bem com Carl Gustav Jung

Navegue+

Continuar lendo “Pensar faz bem com Carl Jung”

Uma jornada de 27 noites

Uma jornada de 27 noites

No filme 27 noites uma mulher com idade acima de 80 anos é obrigada a ficar reclusa em uma casa de saúde. A reclusão dura 27 noites. Na trama os familiares da idosa a consideram em estado de demência e entram na justiça para que a mulher fique internada para avaliação.

Um perito é contratado para traçar o nível de sanidade da mulher e é quando inicia uma jornada de relações entre a cidadã e o profissional de saúde mental para que a idosa possa defender a tese de que ainda possui autonomia mental para continuar regendo a própria vida. A idosa é acusada de ter incapacidade para gerir as próprias finanças e de levar uma vida excêntrica buscando viver intensamente.

O filme 27 noites traduz para a arte as controvérsias relações políticas inerentes a todo tipo de família, ao tratar as nuances das relações de forças que há entre as pessoas quando o assunto é dinheiro.

No filme a voz do capital transita e interfere no modo como as pessoas constroem os próprios afetos, fazendo com que sentimentos como caridade e compaixão fiquem em segundo plano.

O gostoso da construção da personagem principal é que ela é idosa e se identifica como idosa, ou seja, uma pessoa que conseguiu viver mais que outras pessoas, compreende as próprias limitações e sabe aproveitar os próprios potenciais para viver melhor.

Até a próxima!

Navegue+

Continuar lendo “Uma jornada de 27 noites”

Pensar faz bem com Immanuel Kant

Pensar faz bem com Immanuel Kant
Pensar faz bem com Immanuel Kant

Navegue+

Continuar lendo “Pensar faz bem com Immanuel Kant”